A HISTÓRIA FASCINANTE DO DIAMANTE NEGRO
O diamante negro tem uma simbologia misteriosa, essa gema preciosa fez fama e ganhou a atenção do universo das joias figurando como uma alternativa ousada em relação aos tradicionais diamantes incolores. Fascinante, único e cativante: essas são palavras que podem ser usadas para definir o diamante negro.
Na antiguidade o diamante negro foi desvalorizado injustamente. Muitos acreditavam que a pedra era inferior quando comparada ao diamante incolor e por isso não apreciavam sua beleza. Entretanto, uma amostra 67,50 quilates que havia pertencido a realeza russa foi encontrada e ficou conhecida como “Diamante Black Orlov” ou “Olho de Brahma”.
Diamante Negro lapidado
A beleza dessa descoberta contribuiu de forma significativa para que o mundo olhasse para o diamante negro de forma diferente. Atualmente, a joalheria mundial se curva diante dos encantos da gema. Agora, toda a importância, raridade e formosura da pedra é extremamente valorizada.
Características
O precioso diamante negro é caracterizado por suas múltiplas fraturas e inclusões interiores. São esses mesmos detalhes que conferem a cor negra para a gema. Sobre a sua intensidade, a cor desse diamante está diretamente ligada a menor ou maior concentração dessas duas características. Ou seja, quanto mais fraturas a pedra tiver, mais escura será sua coloração.
É importante lembrar que a cor do diamante negro pode variar sutilmente de um espectro que vai além do preto. Geralmente, quando esse diamante é natural e não tratado, ele pode apresentar um tom cinza quase translúcido até um verde-oliva ou marrom escuro.
Lapidação
O mais comum é que o diamante negro receba um corte mais simples, ou seja, com um número menor de facetas em relação ao que a maior parte dos diamantes incolores recebe.
Isso deve-se ao fato do diamante negro possuir muitos pontos de fratura, como mencionamos anteriormente, o que faz com que a lapidação seja mais trabalhosa e delicada.
Outro detalhe importante é que por ser um material denso e opaco, a gema exige muita habilidade e perícia do lapidador na hora de identificar os pontos de clivagem. Por isso, se o corte for simples, como a maioria, o joalheiro correrá menos riscos de ter um prejuízo. Normalmente, um corte bem feito garante que o diamante negro apresente uma superfície lustrosa e espelhada, mesmo que o interior continue opaco.
Tipos mais comuns de diamante negro
Como muitos sabem, o diamante por sí só, seja negro ou não, é derivado de uma única matéria-prima, o carbono. Contudo, ele é considerado um “diamante negro natural” quando o mesmo é encontrado na natureza. Nesse caso, o valor da pedra é mais elevado, principalmente por conta da raridade desse feito.
Há ainda o “diamante negro tratado”, ou seja, os diamantes que recebem tratamentos especiais de irradiação de calor, para ficarem mais escuros. Já o “diamante negro carbonado”, descoberto no Brasil em 1841, pode ser entendido como uma versão de diamante em forma de rocha, semelhante a um carvão (motivo do nome carbonado).
Por Victor Soares
Fonte: https://brasilgemas.com/diamante-negro-historia/