A PrimeGems recebeu destaque na revista Gem & Gemology durante a feira GJX em Tucson, principalmente devido à sua apresentação impressionante das opalas preciosas de Pedro II, Piauí, Brasil. Representada pelo CEO Paulo de Tarso, a PrimeGems marcou presença significativa ao trazer atenção para as opalas brasileiras, que têm sido sub-representadas nos últimos quarenta anos após a "era de ouro" das décadas de 1960 e 1970.

Pedro II, a principal fonte de opalas preciosas no Brasil, viu suas primeiras descobertas de opalas no final da década de 1930. Durante o auge da mineração nas décadas de 1960 e 1970, mais de 30 operações estavam em funcionamento. No entanto, a partir da década de 1980, muitas dessas minas foram abandonadas, e hoje a mineração de opala na região é realizada principalmente de forma manual e em pequena escala.

 

Foto 1: Pedro II é a mais importante fonte de opala no Brasil. A cidade está localizada em o nordeste do estado do Piauí, e opala depósitos são distribuídos em uma área de cerca de 20 km de diâmetro ao redor município. A atual mina de opala é a céu aberto Operação. Foto cortesia da Prime Gems.

 

As opalas de Pedro II são encontradas em depósitos primários e aluviais. Nos depósitos primários, as opalas aparecem em veios dentro de arenitos, semelhante aos depósitos australianos. Na feira, uma opala bruta presa a uma rocha ígnea intrusiva chamou atenção por sua aparência distinta de "sal e pimenta", resultado da invasão de diques de diabásio nas rochas sedimentares.

A extração manual nos depósitos aluviais é comum, e muitos mineiros alternam entre a mineração e a agricultura conforme a estação. A PrimeGems exibiu opalas brasileiras de várias qualidades, incluindo peças com corpo transparente cinza claro a branco, que lembram a opala branca australiana, e outras com corpo mais escuro, semelhantes à opala preta australiana. As opalas exibiam um jogo de cores vibrante, com tons azuis e verdes predominantes, e as raras peças avermelhadas alcançavam preços mais elevados.

Foto 2: Opala bruta de Pedro II mostra que a opala pode ocorrer em veios das rochas sedimentares hospedeiras (esquerda) ou como camadas finas presas a diques intrusivos (direita). As rochas sedimentares apresentam coloração clara, enquanto os diques são mais escuros. Fotos de Tao Hsu (esquerda) e Robert Weldon (direita); cortesia de Prime Gems

 

Na feira, a PrimeGems ofereceu opalas em diversas formas, como cabochons, pares polidos, duplos e mosaicos. Materiais de alta qualidade exibiam um espectro completo de cores, e opalas finas demais para peças individuais foram utilizadas para fazer duplos, com uma camada de opala colada a uma base escura. A renda das vendas dos mosaicos, feitos com pequenos pedaços de opala, oferece uma importante fonte de complemento financeiro para as comunidades locais.

Os mineiros destacaram que, às vezes, as opalas brasileiras são vendidas como australianas, mas o Brasil se orgulha da qualidade de suas opalas. As opalas de Pedro II possuem o certificado de Indicação Geográfica (IG), garantindo a autenticidade e representatividade das opalas brasileiras e beneficiando economicamente a mineração e as comunidades locais.

 

Foto 3: Opala de alta qualidade do Brasil mostra jogos de cores extremamente vívidos. Alguns são de cinza claro transparente para cor de corpo branca, como esta forma livre de 132,3 ct (esquerda), enquanto outros têm cor de corpo mais escura (direita). Fotos de Roberto Weldon; cortesia de Prime Gems. A presença da opala de Pedro II na feira GJX não só destacou a qualidade das pedras brasileiras, mas também sublinhou a importância de apoiar a mineração artesanal e as comunidades envolvidas nesta tradição centenária.

 

Fonte: https://www.gia.edu/gems-gemology